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Baixo efetivo de peritos é motivo de investigação pelo MPE de Mato Grosso do Sul

Foi anunciado no Diário Oficial do Ministério Público Estadual (MPE), desta quinta-feira (18), que o baixo efetivo de profissionais da Coordenadoria-geral de Perícias de Mato Grosso do Sul (CGP) será motivo de inquérito civil para apuração dos prejuízos à sociedade.

O Grupo de Atuação Especial de Controle Externo da Atividade Policial (Gacep), que faz parte do MPE, é o responsável pela investigação.

O Presidente do Sindicato dos Peritos Oficiais Forenses de Mato Grosso do Sul (Sinpof-MS), Saue Viganó Neto, afirmou que a falta de efetivo gera diversos problemas, como atrasos na emissão de emissão de laudos por conta da demanda reprimida.

“Este atraso gera cobrança das autoridades, que se não atendidas podem levar os peritos oficiais a responderem na corregedoria, sendo passíveis de punição. Muitos profissionais não suportam a pressão, adoecem e acabam afastados do trabalho”, disse Viganí Neto.

Ainda segundo ele, a falta de pessoal tem impactado todo o Mato Grosso do Sul, com complicações maiores no interior. “No interior do Estado, o perito precisa se deslocar entre as diversas cidades que compõem a sua unidade regional. Não raro, ele precisa interromper o exame em uma cidade e se deslocar grandes distâncias para atender outra ocorrência, urgente, em outro município.”

O quadro de peritos criminais apresenta um déficit de aproximadamente 63% do efetivo. No caso dos peritos médicos legistas, o déficit é de 70%.

Chapadão do Sul

Em Chapadão do Sul, sempre que alguma tragédia acontece, a população, principalmente familiares de vítimas, sente na pele a falta desses profissionais e a dolorosa e angustiante espera pela liberação dos corpos dos entes queridos.

Mesmo com a instalação de um IML (Instituto Médico Legal) em Costa Rica, a falta de profissionais habilitados não resolveu o problema e, não apenas Chapadão do Sul, mas toda a região continua dependente de Paranaíba.

Correio do Estado / Redação

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