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Soja: Depois de semana agitada, preços no Brasil fecham entre R$ 64,50 e R$ 65,50 nos portos

Nesta sexta-feira (19), os preços da soja encerraram a última sessão da semana em campo negativo, com os principais vencimentos perdendo entre 3,75 e 5 pontos na Bolsa de Chicago. Segundo o analista de mercado Fernando Pimentel, da Agrosecurity, essa pouca movimentação das cotações já reflete um momento mais tranquilo do mercado, com os negócios caminhando de lado e já em “ritmo de férias”.

Durante toda a semana, o mercado acumulou algumas altas significativas em função de boas notícias vindas da demanda, como o anúncio da venda de 1,5 milhão de toneladas de soja em grão para a China com entrega na safra 2015/16, e aproveitou, nesse final da semana, o momento para realizar parte desses lucros.

Além disso, para alguns analistas, o mercado foi pressionado também pelo maior registro de vendas nesses últimos dias por parte dos produtores americanos, que aproveitaram os bons momentos ao longo dessa semana.

“O rally registrado pelos preços há duas semanas, desencadeado por atrasos na colheita americana, o aperto no farelo de soja, as exportações fortes e as preocupações na América Latina compuseram uma ótima oportunidade de venda para os produtores americanos”, disse o analista de mercado e editor sênior do site Farm Futures.

Paralelamente, os olhos do mercado seguem voltados para o desenvolvimento na safra da América do Sul. O plantio no Brasil e está quase concluído e, na Argentina, em 76% da área, nesse caso atrasado em relação à temporada anterior.

A safra brasileira, nesta temporada 2014/15, tem sido marcada pela irregularidade. Se em Laguna Carapã/MS, essa poderá ser uma das melhores colheitas dos últimos anos, com as chuvas regulares favorecendo o bom andamento das lavouras, boa parte do Paraná ainda sofre com a seca, haverá uma quebra na produtividade e muitos produtores já têm buscado, inclusive, o auxílio do seguro rural.

Em Passo Fundo, no RS, o plantio está sendo finalizado, mas os sojicultores têm se dedicado ao controle da lagarta Helicoverpa em suas lavouras. Em Buri/SP, por outro lado, a preocupação maior tem sido com o excesso de chuvas favorecendo o aparecimento da ferrguem asiática nos campos.

 

Mercado Interno

Com as notícias já conhecidas pelo mercado e um ritmo menor de negócios, os preços no Brasil fecharam a semana com um saldo negativo para os preços no interior do país e os praticados nos portos para a soja futura, com entrega em maio/15.

Durante a semana, no entanto, com uma disparada do dólar, as cotações chegaram a registrar números recordes e os melhores preços da temporada, com o valor chegando a R$ 68,00 no porto de Rio Grande para a soja que ainda está no campo.

No encerramento da semana, porém, a oleaginosa fechou os negócios com R$ 64,50 por saca em Paranaguá, perdendo 1,53% e com R$ 65,50 em Rio Grande, com queda de 1,50%. O produto disponível, por outro lado, terminou a semana com mais de 3% de alta a R$ 69,00 no porto gaúcho.

No interior do país, as baixas variaram de 1,67 a 2,50% entre as principais praças de comercialização pesquisadas pelo Notícias Agrícolas junto aos sindicatos e cooperativas.

Nesta sexta-feira, o dólar encerrou o dia com leve alta frente ao real e terminou em R$ 2,6574, subindo 0,09%, depois de mais uma sessão de volatilidade. O cenário externo ainda mostra elevada aversão ao risco e, no Brasil, as incertezas sobre as medidas a serem tomadas pela nova equipe econômica de Dilma também tiram a direção do mercado. Na semana, o dólar acumulou alta de 0,23%.

“No fim de ano, o mercado esvazia e fica flutuando de um lado para o outro. Ainda assim, claramente o dia hoje está bastante tranquilo”, disse o gerente de operações do Banco Confidence, Felipe Pellegrini à agência Reuters.

Fonte: Notícias Agrícolas

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