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Porto Murtinho pode se tornar nova fronteira agrícola sustentável de MS

Dia de campo mostrará resultados de projeto experimental com oito coberturas de solo e culturas como soja e algodão

Segundo maior município em área territorial de Mato Grosso do Sul e porta de entrada do Corredor Bioceânico no Brasil, Porto Murtinho receberá, no dia 17 de maio, um dia de campo que deve evidenciar o imenso potencial agrícola da região.

O evento é parte de um projeto idealizado e incentivado pelo deputado estadual Paulo Corrêa, desenvolvido em parceria com o Governo do Estado, a Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia de MS (Fundect) e a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS). A iniciativa avalia, por meio de uma unidade experimental, a viabilidade de diferentes culturas para recuperação de pastagens degradadas no município.

Potencial para diversificação e desenvolvimento

Primeiro-secretário da Assembleia Legislativa do Mato Grosso do Sul, o deputado Paulo Corrêa destacou a importância estratégica do projeto para o crescimento econômico e o desenvolvimento do Estado.

“Porto Murtinho tem um potencial extraordinário para se tornar um polo de diversificação agrícola, gerando emprego, renda e desenvolvimento regional. Estamos investindo em pesquisa para transformar áreas subutilizadas em campos produtivos, alinhando sustentabilidade e crescimento econômico. Essa iniciativa pode abrir novas oportunidades para o agronegócio e consolidar Mato Grosso do Sul como um líder em agricultura inovadora”, pontuou.

Com 1,7 milhão de hectares, Porto Murtinho perde apenas para Corumbá em extensão territorial. Cerca de 60% de sua área está no bioma Pantanal, protegido por legislação ambiental específica, mas os mais de 700 mil hectares restantes apresentam oportunidades para sistemas sustentáveis de produção.

Foi esse potencial, somado à necessidade de recuperar pastagens degradadas, que motivou Paulo Corrêa e outras autoridades a impulsionar o projeto experimental.

Pesquisa aponta viabilidade

Em uma fazenda a 40 km do centro urbano, a UFMS conduz, há três anos, experimentos sob a liderança do professor, pesquisador e engenheiro agrícola, Dr. Ricardo Gava. Segundo ele, a região tem solos com alta fertilidade natural e elevado teor de argila, mas desafios como salinidade e baixa infiltração exigem técnicas específicas de manejo.

Oito coberturas de solo e culturas como soja e algodão estão sendo testadas. Os resultados preliminares, que serão apresentados no dia de campo, indicam viabilidade, com destaque para o algodão, que chamou a atenção da Ampasul (Associação Sul-Mato-Grossense dos Produtores de Algodão).

“Os resultados iniciais nos animam. Além da possível expansão da cotonicultura no estado, a localização estratégica de Porto Murtinho pode facilitar a exportação”, afirmou Adão Hoffmann, diretor executivo da entidade.

Agende-se

Dia de Campo Porto Murtinho (MS)
Data: 17 de maio de 2025
Horário: 8h
Local: Fazenda Yndiana, Rod. BR 267, km 645

Fonte: AMPASUL

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