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Com nova legislação, a pesca reabre nesta sexta-feira no Mato Grosso do Sul

Termina à meia-noite desta quinta-feira (28) a piracema em todos os rios do Mato Grosso do Sul.

O fim do período de defeso coincide, neste ano, com o carnaval, e a promessa é de maior fluxo de pescadores amadores. Porém, todos devem estar atentos para as mudanças nas regras neste ano, quando a cota de pescado cairá pela metade e mais espécies têm tamanhos mínimos a serem respeitados.

O Decreto do governo estadual que prevê a cota zero para a pesca amadora e esportiva a partir de 2020, também estabelece que, em 2019, cada pescador poderá retirar dos rios um máximo de cinco quilos de pescado (contra 10 quilos até 2018), além de um exemplar e até cinco piranhas.

A PMA (Polícia Militar Ambiental), na operação Carnaval a ser deflagrada junto com a reabertura dos rios, promete estar atenta aos novos critérios.

“Na prática, diminuiu cinco quilos do que estava autorizado antes e mexeu na medida dos exemplares. Os pescadores devem buscar essas informações antes de irem para os rios”, afirmou o tenente coronel Edmilson Queiroz, da PMA.

Ele lembra que, em quatro casos, foram estabelecidos tamanho mínimo e máximo para os peixes. A medida maior é uma novidade implementada neste ano, sendo que, nos dois casos, considera-se que os espécimes já procriaram no mínimo duas vezes ou têm atuação decisiva no repovoamento dos rios.

“O Jaú, por exemplo, não pode ter menos de 95 centímetros ou mais de 120. A Cachara, que tinha tamanho mínimo de 80, agora não pode medir menos de 83 centímetros e o máximo de 113 centímetros. O Pintado teve o tamanho mínimo elevado de 85 para 90 centímetros e não pode ter mais de 115. E o Pacu teve mantida a medida mínima de 45 centímetros, mas não pode medir mais de 57 centímetros”, explicou.

Confira abaixo especificações sobre restrições quanto ao tamanho dos peixes:

O tamanho mínimo para algumas espécies é exigência antiga em Mato Grosso do Sul, tendo a última atualização em 2016. Agora, com o novo decreto regulando os recursos pesqueiros do Estado, elevou-se de 9 para 21 o total de espécies com restrição. Vale lembrar que uma lei estadual, em vigor desde o início do ano, proíbe a pesca do Dourado.

Segue com restrições sobre tamanho mínimo, a pesca de Piraputanga (30 centímetros), Curimbatá (curimba ou papa-terra, 38 cm) e Barbado (60 cm).

À lista foram acrescidos 12 espécimes: pati (65 cm), jurupoca (40 cm), piavuçu (piauçu, 38 cm), jurupensém (35 cm), armao (armado ou abotoado, 35 cm), cascudo-abacaxi (30 cm), cascudo (acari, 30 cm), corvina (30 cm), cascudo preto (25 cm), mandi (mandi amarelo, 25 cm), piau três-pintas (25 cm), pacupeva (20 cm) e palmito (35 cm). No caso do piau, a revisão colocou tamanho mínimo de 25 centímetros.

A medição deve ser realizada da ponta do focinho à ponta da nadadeira caudal mais longa. Peixes fora dessas especificações devem ser devolvidos aos rios.

Por outro lado, espécies exóticas, alóctones e híbridas, que não pertencem à fauna aquática das bacias do Paraná e do Paraguai, que em alguns casos se tornaram problemas ambientais, têm a pesca liberada.

Estão incluídos na exceção o tucunaré, apaiari, bagre-africano, black-bass, carpa, corvina (ou pescado-do-Piauí), peixe-rei, sardinha-de-água-doce e tilápias.

O tenente-coronel Queiroz frisou que o Manual do Pescador, disponível no site da Polícia Militar, segue como referência para os pescadores. Este será o último ano com a possibilidade de pescadores amadores e desportistas levarem peixes dos rios. Com a cota zero em 2020, só será liberado o pesque e solte.

Conforme o policial, apesar das novas exigências, não se espera muita dificuldade em relação à sua aplicação. “Isso vem sendo trabalhado há muito tempo e teve repercussão em sites especializados de vários locais. Normalmente, quando um pescador vem a Mato Grosso do Sul, que tem uma legislação pesqueira extremamente restritiva, pede informação”, destacou.

Fonte: Campo Grande News

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