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Piloto e vigia de hangar são presos por forjar sequestro de avião em Paranaíba

O piloto Edmur Guimarra Bernardes, 78 anos, que teria sido sequestrado no dia 18 deste mês em um hangar em Paranaíba, cidade distante a 422 quilômetros de Campo Grande, foi preso na manhã desta quinta-feira (27) durante a Operação Rota Caipira. Além dele, também foi preso Idevan Silva de Oliveira, 52 anos, vigia do aeroporto.

Conforme informações da delegada Ana Cláudia Medina, titular da Deco (Delegacia Especializada de Combate ao Crime Organizado), a polícia pediu a prisão temporária de Edmur e Idevan durante as investigações do suposto sequestro e roubo da aeronave, modelo Cessna 182 Skylane, no dia 18.

Segundo a delegada, além dos dois mandados de prisão temporária, estão sendo cumpridos na cidade cinco de busca e apreensão em residências, uma fazenda e hangares do aeroporto municipal.

A operação é comandada pelo Deco e tem apoio da Delegacia Regional de Paranaíba e 1ª Delegacia de Polícia Civil.

O caso – Onze câmeras de segurança do Aeroporto Municipal de Paranaíba flagraram o roubo da aeronave de dentro do hangar, na manhã do dia 18. A ação envolveu seis homens, quadro deles encapuzados, e durou 44 minutos. Edmur foi levado pelo grupo. As imagens foram apreendidas e são analisadas pela Polícia Civil.

Após reaparecer em aeroporto de Cáceres (MT) no dia 19, o piloto foi ouvido pela Polícia e contou uma história digna de roteiro de cinema sobre as mais de 30 horas que ficou desaparecido, depois de decolar em Paranaíba. Segundo documento da Polícia Civil de Cáceres, no dia 18 de junho, última terça-feira, ele estava saindo de casa, quando foi surpreendido por duas pessoas, “ordenando que entrasse”.

Lá dentro, a dupla teria dito que fazia parte de uma facção criminosa, “falando que sabiam que ele tinha as chaves do hangar e que precisavam de um avião que tinha pousado na noite anterior”, em Paranaíba.

Edmur diz que acompanhou os dois homens em uma caminhonete, abriu o hangar e, por volta das 6h30, decolou com destino à fazenda no Paraguai, sem indicar a localização exata. Lá, o piloto garante que permaneceu “o dia e a noite”.

Começa ai o trecho mais cinematográfico da história. Na propriedade paraguaia, Edmur conta ter sido informado que teria de resgatar um outro membro da facção, comparsa dos sequestradores.

Na manhã do dia seguinte, por volta de 6h20 de quarta-feira, ele e os 3 homens deixaram a fazenda no Paraguai e seguiram para a Bolívia, também sem indicar em qual localidade.

Na versão do piloto, na tarde do dia 19, ele “aproveitou uma distração dos suspeitos, e conseguiu dar partida no avião e pousar às 17h15, em Cáceres”.

Fonte: CampoGrandeNews

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