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Presa por tortura e lesão corporal nas filhas, mãe disse: ‘fiquei nervosa, subiu um negócio’

A mãe presa por torturar as filhas de 4 e 6 anos, em Chapadão do Sul, disse em depoimento ao delegado Felipe Machado Potter, “fiquei nervosa, subiu um negócio”. As meninas ficaram cerca de 1 hora ajoelhadas em tampinhas de garrafas.

O padrasto das meninas também foi preso por participar das sessões de torturas contra as crianças, que foram encaminhadas pelo Conselho Tutelar à Casa Abrigo. Foi feito o pedido de prisão preventiva do casal. A avó das meninas disse nesta terça-feira (7) que irá buscar as netas.

De acordo com o depoimento prestado pela mãe das meninas, esta seria a segunda vez que batia nas filhas. Quando ela foi questionada sobre os machucados nas crianças, ela disse que batia nas filhas com espada de São Jorge, que ficava na sua sala.

A mulher ainda contou que a ideia de colocar as meninas ajoelhadas em tampinhas de garrafa foi sua e que mandou seu marido executar o castigo contra as crianças. As meninas foram castigadas, segundo a mulher, por terem ficado até tarde brincando na rua, não voltando para casa quando chamou.

O delegado ainda chegou a questionar se as meninas ficavam sozinhas até tarde na rua brincando sem supervisão de adultos e a mulher respondeu que ficavam com um  amiguinho da mesma idade, próximo a casa dele, na rua de cima de sua residência.

A mulher ainda relatou que na primeira vez que colocou as filhas ajoelhadas em tampinhas de garrafas, elas teriam ficado menos tempo que desta vez, cerca de 1 hora de castigo.

O delegado ainda questionou a mulher se na sua infância, ela teria sido submetida a tais castigos, “eu já tinha ficado assim quando criança, não deu certo, não”, falou.

Avó horrorizada

“Meu filho está sofrendo muito, paralisado com a situação. Nunca pensei que fosse acontecer alguma coisa dessas. Ela nunca foi desse jeito, não dá pra imaginar. Só acredito olhando na cara dela”, disse a mulher de 42 anos.

Segundo a avó, o filho e a nora ficaram quase sete anos juntos, se separaram no meio de 2022, mas ainda são casados no papel. “Ela sempre foi uma boa mãe, não acredito que teria coragem de fazer isso. Pra deixar uma coisa dessa acontecer ou ela ‘tava’ em cativeiro ou usando droga”, lamenta.

Na madrugada desta quarta-feira (8) o pai das meninas, junto com as avós, paterna e materna, vão até Chapadão do Sul para pegar as duas, que estão acolhidas. “Ainda não consegui conversar com a mãe da minha nora, mas imagino que ela também esteja horrorizada”, falou. O pai entrará com o pedido de guarda.

Irmãs eram submetidas a torturas constantes

Os policiais foram acionados por volta das 21 horas de segunda e encontraram as meninas com vários ferimentos pelo corpo, alguns ainda com sangue. As irmãs tinham lesões nos braços, pernas, abdômen e costas.

As meninas contaram que eram agredidas constantemente pela mãe e um dos castigos era ficar de joelhos em tampinhas de. O médico que atendeu as irmãs relatou que as lesões causadas pelas agressões causavam dor intensa às meninas.

Enquanto as irmãs ficaram sob a tutela da Casa Abrigo, a mãe e o padrasto foram encaminhados para a delegacia e autuados por maus-tratos e lesão corporal dolosa.

Fonte: Midiamax

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