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Prisão de governador direitista gera protestos e paralisação na Bolívia, fronteira com Brasil

O governador da região boliviana de Santa Cruz, Luís Fernando Camacho, foi preso na quarta-feira (28/12) por ordem de um promotor, em uma detenção denunciada como um sequestro, já que o comunicado à imprensa não especificou as acusações. Mais tarde, foi esclarecido que o governador da região mais populosa da Bolívia foi preso sob a acusação de tramar um golpe de Estado no país. Camacho foi considerado peça-chave na queda do ex-presidente Evo Morales em 2019 e é acusado de promover manifestações.

A prisão desencadeou protestos e os caminhões parados já formam filas quilométricas na fronteira com o Brasil e Paraguai. Manifestantes entraram em conflito com a polícia, a sede do Ministério Público foi incendiada e a capital regional está isolada do resto do país devido aos bloqueios.

Um caminhoneiro brasileiro disse que a população está revoltada com a prisão do governador e pede a sua soltura. “Quem paga e sofre com esta situação somos nós”, disse o brasileiro.

Acusação de golpe contra Morales

O caso “golpe de Estado I” é uma denúncia de terrorismo relacionada à crise de 2019, que se seguiu a eleições gerais consideradas fraudulentas e levou à renúncia de Evo Morales, o qual denunciou ter sido vítima de um golpe.

O direitista Camacho era o principal acusado no caso aberto há quase dois anos. Ele está preso no mesmo local onde está detida a ex-presidente interina Jeanine Áñez e dois de seus ex-ministros, alvos do mesmo processo.

Fonte: UOL

Imagem: Enfoquer MS

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