Agronegócio

Soja inicia semana em alta na Bolsa de Chicago buscando recuperação nesta 2ª feira

O mercado internacional da soja, nesta segunda-feira (21), opera em campo positivo na Bolsa de Chicago. Os futuros da oleaginosa parecem buscar uma recuperação depois das expressivas baixas da última sexta-feira (18) e assim, subiam entre 3 e 4,25 nos principais vencimentos, levando o novembro/15 a US$ 8,70 por bushel.

Para os analistas e consultores, apesar destas pontuais oscilações mais fortes das cotações, os negócios ainda estão confinados a trabalhar com preços entre US$ 8,50 e US$ 8,90 na CBOT, de olho na evolução da colheita dos EUA e, principalmente, nos reportes de produtividade que forem sendo trazidos na medida em que os trabalhos de campo avançam.

O USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) divulga, no final da tarde de hoje – após o fechamento do mercado -, seu novo boletim semanal de acompanhamento de safras e a expectativa dos traders é de que já seja reportado os primeiros números oficiais da colheita entre 3 e 4%, além do índice de condição das lavouras.

Veja como fechou o mercado na última semana:

Em um movimento que destoou do restante da semana, os futuros da soja fecharam a sessão desta sexta-feira (18) com baixas que superaram os 17 pontos na Bolsa de Chicago. Uma severa pressão do mercado financeiro elevou a aversão ao risco e motivou um forte movimento de vendas de posição por parte dos fundos de investimento. Na semana, porém, depois de algumas pequenas puxadas das cotações, o saldo foi de uma baixa de 0,80% para o novembro/15, que ficou em US$ US$ 8,69 e de 0,20% para US$ 8,78 por bushel no maio/16.

“Essa queda na CBOT foi um misto de forte queda no petróleo, alta no dólar INDEX o mercado ainda buscando uma direção depois do relatório do FED”, explicou o consultor de mercado Márcio Genciano, da MGS Rural.

A semana foi marcada pela chegada de algumas informações importantes, porém, ao mesmo tempo, pela reação pouco expressiva do mercado, que nas última sessões – até serem registradas essas fortes quedas nesta sexta-feira – trabalhou de lado.  “O breve rally de preços que já pôde ser registrado para os futuros da soja não se estendeu por muito tempo. Apesar de as expectativas melhores ainda não estarem descartadas, o mercado poderá testar algumas novas mínimas até que ventos mais otimistas voltem a soprar”, disse o analista internacional e editor do site internacional Farm Futures, Bryce Knorr.

Mercado Brasileiro

Com esse quadro, o foco dos negócios no Brasil é o dólar. Nesta sexta-feira, a moeda norte-americana voltou a subir e fechou com alta de 1,96%, valendo R$ 3,9582, o segundo maior nível histórico e o mais elevado patamar desde 10 de outubro de 2002. ” O dólar saltou cerca de 2 por cento e fechou próximo a 3,96 reais nesta sexta-feira, segundo maior nível de fechamento na história, pressionado por rumores e especulações sobre mais um rebaixamento do Brasil, em meio ao cenário de deterioração das contas públicas e instabilidade política”, informou a agência de notícias Reuters.

No mês, a divisa já acumula um ganho de 7% e, no ano, essa valorização chega a 46% e contribui para a formação das cotações no mercado nacional, resultando em uma semana bastante positiva para os preços no Brasil. Entre portos e principais praças de comercialização no interior, os ganhos da oleaginosa ficaram entre 0,48% e 3,73%.

Nos portos, onde os preços contam ainda com o adicional dos prêmios sobre os valores praticados em Chicago, a soja disponível fechou com R$ 84,20 por saca, subindo 0,48% e em Paranaguá, estabilidade em R$ 81,00/saca. Já no quadro da safra nova, o último preço no terminal gaúcho ficou em R$ 83,50 – com elevação de 2,45% – e no paranaense em R$ 80,00, ganhando 1,27%.

Os negócios da safra 2014/15 são pontuais e, em algumas praças, os valores chegam a superar os preços da paridade de exportação. Já os que se referem à temporada 2015/16 estão travados frente à intensa volatilidade do câmbio e indefinição na CBOT, como explicam os analistas.

O baixo volume de soja brasileira da safra 2014/15 que ainda há disponível no mercado vem sendo disputado entre as exportações e a demanda interna. O cenário, que tradicionalmente é iniciado nesse período do ano, aliado à uma disparada do dólar frente ao real vem sendo traduzido em bons ganhos para os preços no interior do país. Em alguns estados, as altas desde a última sexta-feira (11) passam de 3%.

Fonte: Notícias Agrícolas

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