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Soja: Mercado aguarda USDA nesta 6ª feira e opera com estabilidade em Chicago

À espera dos novos números que o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) divulga nesta sexta-feira (10) e depois das altas de quase 30 pontos na sessão anterior, as cotações da soja trabalham próximas da estabilidade na Bolsa de Chicago nesta manhã. Por volta das 7h40 (horário de Brasília), os principais vencimentos registravam leves ganhos de 1,50 a 3 pontos.

A expectativa dos traders é de que o departamento agrícola norte-americano traga uma redução nos estoques finais da safra 2014/15 e novos números menos intensos para a safra 2015/16 – em produção, produtividade e estoques – por conta do cenário adverso de clima no Meio-Oeste americano desde o início do plantio da oleaginosa. Os novos números serão reportados no início da tarde de hoje.

Ao mesmo tempo – mesmo com que menos força – as notícias do mercado financeiro internacional, principalmente aquelas vindas da China e da Grécia – seguem no radar dos investidores.

 

Veja como fechou o mercado nesta quinta-feira:

O mercado internacional da soja, em uma sessão pré-relatório do USDA, fechou os negócios com fortes ganhos na Bolsa de Chicago. Os futuros da oleaginosa trabalharam durante toda a sessão em campo positivo e as posições mais negociadas terminaram o dia subindo quase 30 pontos e superando os US$ 10,00 por bushel.

Expectativas altistas para os números a serem divulgados pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) nesta sexta-feira (10), as adversidades climáticas ainda muito severas no Meio-Oeste americana e os fundos de investimento na ponta compradora do mercado foram os componentes, segundo explicaram analistas, para um cenário de estímulo às cotações.

Paralelamente, o mercado financeiro também se mantém no radar dos investidores. A Grécia tem uma nova reunião com o Eurogrupo neste sábado (11) para dar continuidades às discussões sobre sua dívida e continuidade na Zona do Euro, enquanto a China deu alguns sinais de recuperação depois que a agência reguladora de valores mobiliários decidiu proibir acionistas com participações maiores de 5% a venderem seus papeis nos próximos seis meses.

 

Expectativas USDA

O excesso de chuvas no Meio-Oeste dos Estados Unidos continua causando preocupação para os produtores americano e comprometendo o bom desenvolvimento da safra 2015/16 do país. O quadro, segundo explicam analistas, vem se consolidando com o principal fator de suporte para os grãos na Bolsa de Chicago.

E a ansiedade dos traders é saber se o impacto dessas adversidades climáticas sobre a nova safra já serão refletidas nos números desse boletim. Além disso, há ainda a espera pelos dados dos estoques finais de soja e milho dos EUA, uma vez que o reporte de estoques trimestrais do final de junho vieram com números bem abaixo das expectativas.

Safra 2014/15 – Para os estoques finais de soja da safra 2014/15 dos EUA, as projeções dos traders variam de 7,21 milhões a 8,98 milhões de toneladas. Assim, a média de de 7,95 milhões de toneladas é menor do que o número de junho de 8,98 milhões de toneladas.

Safra 2015/16 – As projeções para a safra de soja dos EUA variam entre 95,25 milhões e 105,73 milhões de toneladas. A média – de 103,26 milhões – é menor do que a estimativa de junho de 104,78 milhões de toneladas. A produtividade da oleaginosa está sendo esperado pelos traders entre 49,32 e 52,17 sacas por hectare, com média de 51,15 sacas e contra as 52,17 sacas estimadas em junho.

Há ainda a perspectivas de estoques finais de soja da nova safra também menores nos EUA, com projeções que variam entre 3,46 milhões e 12,25 milhões de toneladas, o que deixa a média em 10,29 milhões de toneladas abaixo das 12,93 milhões reportadas em junho.

 

Clima nos EUA

Nos Estados Unidos, as chuvas ainda registram acumulados elevados e estão acima da média nos principais estados produtores na região do Meio-Oeste do país. A região mais afetada, segundo explicam especialistas, é o leste norte-americano, responsável por 30% da produção de soja no país. Entre os estados mais atingidos estão Indiana, Illinois e Missouri.

E as previsões mais alongadas – para os períodos dos próximos 6 a 10 e 8 a 14 dias – indicam chuvas ainda acima do normal para essa época do ano, porém, se direcionando para os estados mais ao norte dos EUA, como mostram os mapas a seguir, divulgados nesta quinta-feira pelo NOAA – departamento oficial de clima do governo americano.

Ainda nesta quinta-feira, o USDA trouxe os números das vendas semanais para exportação e no total, somando as operações com as safras velha e nova, o volume foi maior do que o da semana anterior.

Na semana que terminou em 2 de julho, os EUA venderam 242,5 mil toneladas de soja, contra 117,1 mil toneladas da semana anterior. Foram 41,4 mil da safra velha e mais 201,1 da safra nova. No acumulado da temporada 2014/15, as vendas americanas já somam 50,546 milhões de toneladas, com a estimativa dos USDA para as vendas totais de 49,26 milhões.

 

Mercado Interno

No Brasil, os preços se mantiveram estáveis nesta quinta-feira, uma vez que os fortes ganhos registrados em Chicago perderam força frente à pouca movimentação do dólar, consequente do feriado da Revolução Constitucionalista no estado de São Paulo.

A moeda norte-americana fechou em R$ 3,2357 e assim, os valores da soja nos portos pouco apresentaram variações e o dia também foi de poucos negócios, segundo relataram analistas.

No porto de Paranaguá, o produto disponível foi mantido em R$ 73,50 e o futuro em R$ 74,50. Em Rio Grande, alta de 1,21% para a soja disponível que fechou em R$ 75,40 e manutenção nos R$ 76,50 para a safra nova.

Fonte: Notícias Agrícolas

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