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Soja: Na semana, preços nos portos têm alta de até 2% e fecham com R$ 66 em Rio Grande

Nesta sexta-feira (12), o mercado da soja na Bolsa de Chicago registrou uma sessão de pouca movimentação e caminhou de lado durante todo o dia, testando os dois lados da tabela. Porém, os futuros da oleaginosa conseguiram fechar o dia em campo positivo, com altas de 4,75 a 5 pontos nos principais vencimentos. O vencimento janeiro fechou a semana valendo US$ 10,47 por bushel e o maio/15, referência para a safra brasileira, em US$ 10,59. Apesar disso, em relação à última segunda-feira (8), o balanço para ambos os vencimentos é negativo, com uma ligeira queda de 0,17% e 0,28%, respectivamente.

No entanto, com essa alta na CBOT no pregão desta sexta-feira e mais um ganho no dólar frente ao real aliados aos positivos prêmios nos portos brasileiros, os preços da soja ainda sustentam patamares importantes para o produtor, tanto da safra nova quanto do que ainda resta da temporada 2013/14.

Assim, na semana, a alta do preço da soja futura, com entrega maio/15, no porto de Paranaguá foi de 2,36% para fechar em R$ 65,00, durante o dia, porém, foram registrados indicativos de até R$ 65,70 por saca. Já em Rio Grande, a soja da safra 2014/15 subiu 1,54% e ficou em R$ 66,00, mas alcançando os R$ 67,00 em alguns negócios nesta sexta-feira, segundo um levantamento feito pelo Notícias Agrícolas. A soja da safra velha fechou a semana em R$ 68,00.

No interior do país, por outro lado, a sexta-feira foi de estabilidade e quase nenhuma praça entre aquelas pesquisadas pelo Notícias Agrícolas apresentou variação, com exceção de Não-Me-Toque, no RS, onde o preço subiu 0,84% para R$ 60,00 por saca e em Ubiratã, no PR, onde caiu 0,83% para chegar nos mesmos R$ 60,00.

Veja como ficaram as cotações da soja nesta sexta-feira:

Nesta sexta, o dólar, mais uma vez, subiu ante o real e fechou em R$ 2,6512, com alta de 0,14%. Na máxima do dia, porém, o valor chegou a R$ 2,67. Novamente, a apreensão dos investidores frente à queda dos preços do petróleo, como principal fator no cenário externo, e as incertezas sobre a intervenção do Banco Central brasileiro no câmbio no cenário interno, foram os componentes que deram o tom dos negócios com a divisa americana frente à brasileira.

“A taxa de câmbio está voltando a bater recordes, com as taxas mais altas desde 2005 e esse câmbio é altamente remunerador, principalmente quando se fala em safra nova, onde o câmbio mais adiante está projetado em algo entre R$ 2,72 / R$ 2,73. Portanto, a taxa cambial tem sido altamente favorável ao exportador na formação do preço interno”, explica o analista de mercado e economista da Granoeste Corretora, Camilo Motter.

No caso da soja disponível, os atuais patamares que vêm sendo praticados já se mostram acima da paridade internacional, ainda segundo explica o analista. Para os lotes disponíveis no interior do Paraná, por exemplo, nas regiões de Ponta Grossa, variando entre R$ 63,00 e R$ 63,50. “Assim, acredito que esse seja um momento de quem ainda detém lotes da safra velha ir pensando na comercialização”, orienta.

Já na Bolsa de Chicago, segundo analistas internacionais, o principal motivador dos ganhos continua sendo a demanda e as notícias que surgem desse lado dos fundamentos, segundo explicam analistas.

O USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) anunciou, nesta sexta, a venda de 110 mil toneladas de soja da temporada 2014/15 para destinos desconhecidos. Ontem, o departamento trouxe seu novo reporte de vendas para exportação e, na semana que terminou em 4 de dezembro, o volume foi ligeiramente maior do que 800 mil toneladas.

Assim, o acumulado no ano comercial subiu para 40,4 milhões de toneladas enquanto a última projeção do USDA aponta as exportações totais na temporada corrente – 2014/15 – em 47,9 milhões de toneladas.

“Embora as vendas para exportação tenham recuado em relação à semana anterior e ficando em 810,3 mil toneladas, esse ainda é um número forte e deixa o total de soja já comprometido até esse momento em níveis recordes”, afirma o editor sênior do site norte-americano Farm Futures e analista de mercado Bryce Knorr.

Fonte: Notícias Agrícolas

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