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Soja opera com estabilidade na manhã desta 6ª feira em Chicago após sucessivas altas

Nesta manhã de sexta-feira (19), os futuros da soja operam com ligeira queda na Bolsa de Chicago. Por volta das 7h40 (horário de Brasília), as posições mais negociadas perdiam entre 2,50 e 3 pontos, após três sessões consecutivas de fechamento positivo e as máximas em cinco semanas.

O mercado, novamente, buscava trabalhar próximo da estabilidade à espera, principalmente de novas informações da nova safra dos Estados Unidos e do quadro climático no Meio-Oeste do país, onde as chuvas seguem excessivas. Hà muitos estados com inundações e a preocupação com as lavouras recém implantadas de milho e soja, além do plantio da oleaginosa.

Até a próxima segunda-feira (22), entretanto, as condições devem ser de um tempo ainda muito chuvoso, de acordo com as últimas projeções oficiais do departamento de clima do governo americano. No link abaixo, veja quanto já choveu nos EUA:

 

Veja como fechou o mercado nesta quinta-feira:

Apesar de mais tímidas do que as anteriores, o mercado da soja na Bolsa de Chicago fechou com novas altas na sessão desta quinta-feira (18). Os futuros da oleaginosa, que renovaram suas máximas em cinco semanas, fecharam com ganhos de 2,50 a 8,75 pontos e assim, o vencimento julho já se aproxima dos US$ 9,80, enquanto o novembro supera os US$ 9,40 por bushel.

Para o analista Mário Mariano, da Novo Rumo Corretora, o recente avanço das cotações da soja na CBOT poderiam ser, principalmente, justificados por duas informações importantes: o clima ainda adverso nos Estados Unidos e as expectativas de estoques trimestrais menores nos EUA a serem divulgados pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) no boletim do final deste mês.

“O mercado está acreditando que haverá uma redução dos estoques nos EUA devido à superestimativa da última safra em 108 milhões de toneladas. Essa foi uma das vertentes da alta, que trouxe o patamar dos US$ 9,80 para o mês de julho”, explica. “Esses são os melhores preços das soja das últimas 26 sessões em Chicago”, diz Mariano.

O excesso de chuvas ainda é constante nos Estados Unidos, especialmente no Meio-Oeste e, de acordo com especialistas, a soja é a cultura que está mais exposta aos riscos trazidos pelo atual padrão climático. Os campos estando muito úmidos poderiam atrasar ainda mais o plantio da nova safra e causariam ainda a necessidade do replantio de algumas áreas.

Dessa forma, o cenário para os preços, nesse momento, poderia registrar uma influência maior desses números a serem divulgados para os estoques americanos sobre os vencimentos mais próximos, enquanto as condições climáticas irão direcionar mais as posições mais distantes, como sinalizou o analista.

Segundo informações do site internacional Farm Futures, a cheia nos rios americanos desacelerou os embarques e algumas entregas da soja negociadas para julho em Chicago poderia estar comprometidas. Nesta quarta-feira (17), a CBOT informou que algumas estações no rio Illinois estavam fechadas para o embarque.

As últimas previsões climáticas para os próximos sete dias continuam indicando alguns resquícios da tempestade Bill para os vales do rio Mississipi e Ohio e também para a região oeste do Corn Belt. As projeções oficiais para os períodos dos próximos 6 a 10 e 8 a 14 dias mostram chuvas acima do normal para a maior parte do Centro-Oeste americano  e tempo um pouco mais quente e seco no Sudeste dos EUA.

A umidade trazida pelo fenômeno deverá aumentar os volumes de chuvas em todo o Centro-Oeste dos EUA nesta sexta-feira (19) e algumas áreas mais ao nordeste do país, levando a novas preocupações com inundações de determinadas localidades, segundo informou há pouco o instituto de meteorologia Accuweather.

O mercado internacional da soja, ainda segundo Bob Burgdorfer, analista da Farm Futures, encontrou suporte também nas informações sobre as vendas semanais para exportação divulgadas pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) nesta quinta. As vendas da safra velha somaram 133 mil toneladas na semana que terminou em 11 de junho, enquanto as da safra nova ficaram em 532 mil, superando o número da semana anterior.

 

No Brasil

No Brasil, os preços não apresentaram uma direção comum, principalmente nos portos. Já no interior do país, uma nova baixa – mas leve- do dólar frente ao real nesta quinta-feira pressionou as cotações em algumas praças, porém, os ganhos em Chicago compensaram em outras localidades.

Com a moeda americana na casa dos R$ 3,05, a soja disponível fechou com R$ 68,50 em Paranaguá, e baixa de 0,72%, com R$ 69,20 em Rio Grande, subindo 0,44%, e em R$ 68,50 em Santos, com baixa de 1,44%. Já a soja da safra nova brasileira caiu 0,69% no porto paranaense, para R$ 71,50, e permaneceu estável em R$ 73,00 no gaúcho.

Fonte: Notícias Agrícolas

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