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Soja opera com leve alta nesta 4ª feira em Chicago se recuperando das últimas baixas

Os futuros da soja parecem se recuperar das baixas registradas no início da semana e operam em campo positivo nesta quarta-feira (18) na Bolsa de Chicago. Apesar disso, as movimentações entre os principais vencimentos ainda eram limitadas.

Por volta das 7h30 (horário de Brasília), as cotações das posições mais negociadas subiam pouco mais de 4 pontos, com o contrato maio/15 cotado a US$ 9,64 por bushel, enquanto o setembro/15 valia US$ 9,50 por bushel.

 

Veja como fechou o mercado nesta terça-feira:

Os preços da soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam a sessão desta segunda-feira (17) com baixas de dois dígitos, com perdas de 13,25 a 14,75 entre os principais vencimentos. Ainda assim, as cotações da soja no mercado interno brasileiro foram capazes de manter patamares importantes, mesmo com ligeiras baixas registradas em relação ao dia anterior. O dólar, ao contrário dos negócios na CBOT, tem sido o fator mais importante para os valores praticados no Brasil e para o bom momento da comercialização da soja brasileira.

Nos portos, os valores seguem acima dos R$ 70,00 por saca. Em Paranaguá, estabilidade em R$ 71,50; em Rio Grande, R$ 72,40 – recuando 1,50% – e em Santos, leve queda de 0,28% para R$ 71,80 por saca. No interior do país, as cotações subiram. Foram registrados ganhos de 0,49 a 1,85% e nas principais praças de comercialização do Paraná, por exemplo, os preços superam os R$ 60,00 por saca. No oeste do estado foram fechados alguns lotes entre R$ 64,00 e R$ 65,00 e, no sudoeste, em R$ 65,00/saca.

“O fator principal das próximas semanas, e talvez meses, não será Chicago, mas a questão da taxa de câmbio, que vai determinar os níveis de preços pagos ao produtor no interior (…) E a tendência para a moeda americana ainda é de alta”, afirma Steve Cachia, consultor de mercado da Cerealpar.

Nesta terça-feira, o dólar fechou o dia com queda de 0,42% a R$ 3,2310, porém, teve um dia de bastante volatilidade e, na máxima da sessão chegou a R$ 3,2844, maior nível desde maio de 2003. Para um operador de um grande banco nacional, em entrevista à agência Reuters, os investidores seguem adotando a tática de “na ausência de notícias, compre dólares”, já que o cenário político, econômico e social ainda é incerto e preocupa. “Este é o novo normal: quando não acontece nada, o dólar sobe”, afirmou.

E enquanto isso continua acontecendo, com a moeda norte-americana ainda acima dos R$ 3,20, os produtores brasileiros seguem participando do mercado e realizando boas vendas. “No mercado interno brasileiro, o preço em reais surpreendeu (…) E isso tem estimulado negócios na safra velha e nessa que estamos colhendo. Quase metade da safra já foi colhida e quase metade da safra já foi comercializada, e estão saindo negócios também para 2016”, diz o consultor.

 

Bolsa de Chicago

Na Bolsa de Chicago, a pressão sobre as cotações foi motivada, em partes, pelo avanço das vendas no Brasil, e pela conclusão da safra na América do Sul, que deve registrar uma colheita recorde nesta temporada, segundo sinalizam analistas internacionais.

No entanto, para Cachia, os últimos movimentos de Chicago não surpreendem e refletem uma pressão sazonal ainda de baixa que há sobre o mercado internacional de grãos nesse momento, com a safra sul-americana sendo concluída com a transferência da demanda dos EUA para o produto brasileiro, argentino e paraguaio.

Além disso, um dólar mais forte frente ao real e demais moedas emergentes também limitam altas na CBOT, já que tornam o produto norte-americano menos competitivo.

Ainda segundo o consultor, essa pouca movimentação e fraca volatilidade das cotações no quadro internacional devem se estender até meados de abril ou até que o mercado conte com novas informações que possam alavancar os negócios. E as novidades mais esperadas nesse momento são as trazem as primeiras projeções oficiais para a área de plantio nos EUA na temporada 2015/16.

“Por enquanto, não parece que teremos notícias tão importantes, a não ser no final do mês, com as primeiras projeções da safra 2015 (dos EUA). Até lá, o mercado deve continuar sentindo um pouco de pressão, mas a intenção é não ceder tão forte para ver o que poder vir para frente, o aumento ou não aumento da área nos EUA e, mais adiante, as questões climáticas”, explica.

O consultor acredita que o país deverá apresentar um aumento na área da oleaginosa entre 2 e 4%. “Eu acho que o produtor americano vai preferir aumentar um pouco a área de soja e diminuir a de milho em função da relação de preços entre os dois”, completa.

Fonte: Notícias Agrícolas

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