Agronegócio

Soja tem mais uma sessão de estabilidade em Chicago na manhã desta 5ª feira

O mercado internacional da soja opera próximo da estabilidade em mais uma sessão, mas registra ligeiras altas na Bolsa de Chicago nesta manhã de quinta-feira (12). Por volta das 7h30 (horário de Brasília), as cotações subiam pouco mais de 1 ponto depois das boas altas registradas na sessão anterior.

Segundo analistas, o mercado segue aguardando informações novas que possam alavancar os negócios, com novidades, principalmente, sobre os reais números da safra brasileira, e da América do Sul como um todo, e também o que esperar para a temporada 2015/16 nos EUA.

Nesta quinta, serão divulgados os novos dados da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) e atualização dos dados das vendas semanais dos EUA pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos).

 

Veja como fechou o mercado nesta quarta-feira, com os preços avançando bem no mercado brasileiro em decorrência da escalada do dólar frente ao real:

Os preços da soja, na sessão desta quarta-feira (11), voltaram a subir e fecharam em campo positivo na Bolsa de Chicago. As posições mais negociadas terminaram o dia com ganhos entre 5,50 e 9 pontos, com o maio/15, referência para safra brasileira, cotado a US$ 9,81 por bushel.

Dessa forma, os preços seguem avançando também no Brasil. A junção dos ganhos em Chicago aliada à continuidade da escalada do dólar frente ao dólar levou a cotação da oleaginosa a encerrar os negócios com R$ 67,00 por saca no porto de Rio Grande frente ao fechamento de R$ 65,20 do dia anterior. Em Paranaguá, o preço subiu de R$ 64,50 para R$ 64,70 nesta quarta.

A valorização do dólar supera os ganhos na CBOT, uma vez que cada 1 centavo de real no aumento da taxa cambial corresponde a um aumento equivalente a 4 centavos por bushel em Chicago. “Portanto, o aumento da taxa cambial de R$ 2,60 para R$ 2,87 resultou em um aumento de 27 centavos de reais por dólar, ou seja, correspondeu a um aumento equivalente de US$ 1,08 por bushel, base futuros da soja na CBOT”, explica o consultor de mercado Liones Severo, do SIM Consult. “O mercado real sempre prevalece”, completa.

Com esses novos e mais atrativos níveis de preços, o mercado vem registrando, nos últimos dias, um ritmo um pouco mais aquecido dos negócios, com os produtores encontrando boas oportunidades de venda, ainda segundo diz Severo, desde que o dólar iniciou sua escalada de alta frente à moeda brasileira.

Nesta quarta-feira, a divisa norte-americana subiu mais de 1% e fechou com R$ 2,8742 e, na máxima da sessão, chegou a bater nos R$ 2,8834. Segundo analistas ouvidos pela agência Reuters, a continuidade do avanço se dá por conta das ” preocupações com a possibilidade de a deterioração dos fundamentos macroeconômicos do Brasil provocar um rebaixamento da dívida soberana do país”.

As incertezas no cenário externo, com foco no futuro da Grécia na Zona do Euro, acentuaram ainda mais essa migração dos investidores para ativos mais seguros, como o dólar.

Além das altas em Chicago e do avanço do dólar, os preços no Brasil contam ainda com prêmios positivos e bastante favoráveis nos portos. Em Rio Grande, por exemplo, os valores variam de 70 a 90 cents de dólar sobre as cotações praticadas na CBOT, enquanto esses números ficam entre 30 e 50 cents em Paranaguá.

Bolsa de Chicago

Na Bolsa de Chicago, o fechamento positivo para os preços da soja foi, segundo explica o consulto de mercado Carlos Cogo, da Carlos Cogo Consultoria Agroeconômica, motivado por uma reversão das baixas registradas na sessão anterior e por uma leitura mais apurada dos dados divulgados pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) nesta terça (10).

Para Cogo, a redução na safra brasileira, de apenas 1 milhão de toneladas, foi bastante tímida e o mercado ainda vai observar a chegada de números oficiais que mostram que uma colheita de 94,5 milhões de toneladas já não existe mais no Brasil. No quadro geral da América do Sul, o consultor acredita ainda em uma baixa na produção do Paraguai, que também sofreu perdas por conta de adversidades climáticas, e para a Argentina, uma manutenção na casa de 55 a 56 milhões de toneladas.

Além disso, o consultor afirma ainda que os números da demanda também estão em descompasso com as operações que acontecem, principalmente nos EUA. “As compras chinesas estão em um ritmo e a os números do consumo estão bem abaixo e uma hora isso vai aparecer”, explica Cogo. Até o momento, a China já comprou pouco mais de 29 milhões de toneladas de soja norte-americana, com 25 milhões já embarcados. A expectativa do USDA é de que este ano a nação asiática adquira 74 milhões de toneladas da oleaginosa.

Fonte: Notícias Agrícolas

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