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Aumento das queimadas em Chapadão do Sul está bem abaixo dos números de Mato Grosso do Sul

Mato Grosso do Sul registrou até agora, 59.196 queimadas, contra 15.213 em 2018, um aumento de 289%. O Pantanal é o bioma de Mato Grosso do Sul com maior registro de incêndios: 21.452, 66,5% do total. Em seguida vem o Cerrado, com 28,7% das queimadas e a Mata Atlântica, com 4,8%.

Em Chapadão do Sul, de janeiro a agosto de 2018, o 7º Subgrupamento do Corpo de Bombeiros registrou 54 incêndios, sendo 40 em vegetação, 3 em amontoados de lixo, 2 em veículos e 9 diversos.

No mesmo período deste ano aconteceram 46 ocorrências em vegetação, 8 em lixões, 1 em veículo e 8 diversos, totalizando 63 incêndios.

O aumento de 16% em comparação ao ano passado, segundo Capitão Teixeira, Comandante do 7º Subgrupamento do Corpo de Bombeiros Militar de Chapadão do Sul, está abaixo do esperado e infinitamente menor que o percentual do Estado.

Corumbá, no coração do Pantanal, a 419 km de Campo Grande, lidera o ranking e responde por 59,2% dos incêndios acompanhados pelo Inpe, com 19.091 focos, atrás apenas de Altamira (PA), na lista de cidades com mais ocorrências.

Em segundo lugar no ranking vem Porto Murtinho, a 431 km de Campo Grande, onde ocorreram 16,8% das queimadas.

Queimada é crime

Em Chapadão do Sul a Prefeitura Municipal lançou no mês de agosto uma campanha em que pediu à população o apoio no combate às queimadas.

A ação, além de orientar a população quanto aos prejuízos causados pelas queimadas, tanto ao meio ambiente quanto à saúde humana, lembrou que o descumprimento da Lei pode gerar multas que podem ultrapassar os R$ 1.600.

A conscientização da população e o incentivo do Poder Público e do Corpo de Bombeiros às denúncias anônimas pode ter colaborado para o baixo indice de aumento no número de focos de incêndio, ao contrário do que aconteceu em outras regiões do Estado.

Crise nacional

As queimadas já são esperadas para essa época do ano, marcada pela estiagem, mas o aumento vertiginoso preocupou cientistas e ambientalistas que veem na intensificação da prática e na crise climática, ingredientes perigosos. A crise motivou decreto editado pelo governo na última semana, que proibiu por 60 dias as queimadas em todo o país. Bolsonaro reeditou o decreto, ainda assim, e restringiu a proibição apenas para a Amazônia.

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